por Thiago Cordeiro
Na época da Faculdade fui obrigado a ler “Eles não usam Black-tie” do Gianfrancesco Guarnieri. Achei um tédio, confesso.
Enredo que gira em torno do papel da greve para a comunidade, assuntos que retratam o cotidiano de uma família popular, que se diverte, que discute, que chora, que vive.
E o tempo passou.
Agora em 2011 essa mesma peça reapareceu em minha vida de uma forma muito mais atraente, também confesso.
Numa adaptação do Dan Rosseto “Black-tie” ganha uma nova vida.
Vida esta que apresenta:
Flávio Guarnieri, filho do Gianfrancesco, como Tião.
A ótima atriz Lia Antunes, no papel de Maria.
O “Mube” relembrando o antigo Teatro Arena
A simplicidade dessa montagem mudou minha impressão sobre a história. Fala-se de greve, de problemas cotidianos, sim, mas também, há espaço (e muito) para o amor, para a luta pelos ideais, para a discussão de como se pode (e se deve) viver melhor num mundo tão capitalista como o de hoje e o de ontem (da época em que a peça foi escrita). O engraçado é que o ontem e o hoje são tão parecidíssimos...
A torcida é para que essa montagem viaje por outras cidades após sua temporada em São Paulo. Outros públicos precisam conhecer essa história.
Aplausos vários para Lia Antunes, que no papel de Maria, está realmente despontando como uma grande atriz de sua geração no Teatro Brasileiro. É impossível não se emocionar com ela.
Mais aplausos específicos para Leila Bass (que interpreta a engraçadinha Dalvinha) que está arrancando muitas gargalhadas da platéia, juntamente com o casal romântico-cômico Chiquinho (Rodrigo Duarte) e Terezinha (Greta Antoine).
Então é isso!
Quem tiver pela terra da garoa aos fins de semana vá curtir esse espetáculo no Mube. Mais informações na página do Facebook:
Abraços!
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